terça-feira, 30 de março de 2010

Sono do por-do-sol

Aprendi sobre o corpo, sobre a mente, sobre uma possível alma.
Aprendi a decifrar a natureza, ja sei andar, sei comunicar, talvez também saiba pensar.
Ensinaram-me a questionar! Qual o sentido do saber?! Qual o sentido do pensar?!
Qual o sentido do existir?!

Não não não! Eu sei de todos os propósitos! Mas não sei de sentido algum!
Saber que nada sei não me leva a lugar algum. Saber nao me leva a lugar algum... a longo prazo.
Meu rosto pode aparecer em cédulas, pode ser esculpido em montanhas, filmes podem ser feitos! Livro escritos! Pelas vitórias, pelas derrotas, pelas batalhas e pela "glória"!
Sim sim sim.. Eu sei de todos os propósitos! Mas não vejo sentido algum...

Como uma criança brincando na areia proxima à praia, nao importa o quanto eu cave...
Meus paradoxos são minhas correntes, minha natureza minhas algemas, meu saber e minha ignorância: minhas vendas.

Mas... E se a resposta for achada? E se nao houver mais o que perguntar? E se eu me decepcionar com a simplicidade... ou me assustar com a complexidade? Tudo se encaixa, tudo tem um propósito... tudo parece (in)completo, todas a partes, o todo... Tende a zero.
No universo há mais vazio que massa, há mais excuridão que luz, há mais planetas desabitados que habitados... comparando,então, algo que tende ao infinito com algo que tende a zero percebemos quão insignificantes somos (sou), logo nada somos (sou).

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