Aprendi sobre o corpo, sobre a mente, sobre uma possível alma.
Aprendi a decifrar a natureza, ja sei andar, sei comunicar, talvez também saiba pensar.
Ensinaram-me a questionar! Qual o sentido do saber?! Qual o sentido do pensar?!
Qual o sentido do existir?!
Não não não! Eu sei de todos os propósitos! Mas não sei de sentido algum!
Saber que nada sei não me leva a lugar algum. Saber nao me leva a lugar algum... a longo prazo.
Meu rosto pode aparecer em cédulas, pode ser esculpido em montanhas, filmes podem ser feitos! Livro escritos! Pelas vitórias, pelas derrotas, pelas batalhas e pela "glória"!
Sim sim sim.. Eu sei de todos os propósitos! Mas não vejo sentido algum...
Como uma criança brincando na areia proxima à praia, nao importa o quanto eu cave...
Meus paradoxos são minhas correntes, minha natureza minhas algemas, meu saber e minha ignorância: minhas vendas.
Mas... E se a resposta for achada? E se nao houver mais o que perguntar? E se eu me decepcionar com a simplicidade... ou me assustar com a complexidade? Tudo se encaixa, tudo tem um propósito... tudo parece (in)completo, todas a partes, o todo... Tende a zero.
No universo há mais vazio que massa, há mais excuridão que luz, há mais planetas desabitados que habitados... comparando,então, algo que tende ao infinito com algo que tende a zero percebemos quão insignificantes somos (sou), logo nada somos (sou).
terça-feira, 30 de março de 2010
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
A Rosa

No meio de folhas e galhos tímidos
Protegida por espinhos confusos
Eu a encontrei.
Haviam outros por perto
Mas ela parecia se sentir sozinha...
Distante...
O tempo passou.
Os espinhos se tornaram conhecidos.
As folham eram macias, os galhos: Acolhedores.
E naquelas pétalas delicadas eu provei um aroma viciante.
Ela me perguntou como era poder voar
Ser livre, como eu me sentia sem ter pra onde ir
Sem ter um lar de verdade.
E logo suas folhas se tornaram minha morada.
Então certa manhã
Percebi que ela tentava esconder
Uma gota de orvalho que surgiu com a minha presença.
"Não é nada" disse com um sorriso meigo.
Alguns dias passaram, e o orvalho permanecia.
E eu preocupado perguntei:
"O que há? Por que choras?"
"Tenho medo, meu anjo..." Ela disse...
...Escondendo mais uma lágrima.
"O que temes, querida?"
Perguntei, acariciando suas pétalas.
"Tua partida... És livre, podes voar, tens um mundo todo para conhecer... E eu estou aqui, presa a terra, nao tenho asas e nao posso me mover e te acompanhar. Temo o dia da tua partida, meu Anjo..."
Ela disse, enchendo-se de orvalho, que aos poucos espalhou seu perfume singular no ar.
Essas palavras tocaram-me de forma tão intensa que minha'lma parecia chorar.
"Já voei por muitos horizontes, mas nenhuma paisagem se compara com a beleza de te ver florescer; nenhum cheiro é tão encantador quanto teu perfume; nenhum leito é mais confortável que tuas pétalas e folhas. Minha única partida foi do mundo para o teu lado, minha rosa."
O silêncio durou cerca de 5 segundos...
Então a bela flor sussurrou, repleta de lágrimas.
"...Não posso te perder"
E abraçando-a forte eu pronunciei
"Eu jamais te deixarei, não há mais motivos pra continuar como um pássaro errante... Já encontrei o que procurava. Minha Rosa, eu finalmente te achei!".
Ela suavemente retribuiu o abraço
"Toda minha tristeza, toda aquela solidão era devido a ausencia da tua presença, pela primeira vez eu me sinto realmente feliz, pela primeira vez eu me sinto! Não há mais melancolia ou indiferença, somente esse maravilhoso sentimento desconhecido que me apresentastes...
Então tu, meu Anjo, prometes jamais me abandonar?Promete ficar comigo pra sempre?"
"Jamais vou te abandonar, minha Rosa. Eu prometo!".
. . .
Livre e sozinho.
Liberdade, solidão, indiferença.
Se não há pelo o que morrer
Não há pelo o que viver.
A verdade é que
Não existe algema mais sensível,
E mais dolorosa de se quebrar,
que uma promessa
feita a alguem
realmente e intimamente
importante.
domingo, 24 de janeiro de 2010
.D e sn atu rezas.

É
verdade...
Nascemos livres
Independentes, soltos, completos.
Tão simples, tão perfeitos, concretos.
Insuficientes, descontentes e incoerentes.
Matamos a liberdade, pois ela estava nos matando.
Agonizando, sangrando, chorando.
Para ser repleto é preciso ser incompleto.
Paradoxo, ortodoxo, heterodoxo.
Kardec, Buda, cristo, Osho.
Preciso ser completo
Ó céus!
Que
desgosto.
Gosto.
Ego
Surdo, cego.
Cedo!
A
O
Se...
Ele?
Único!
Vaidades
Eu, tu, ele, nós, vós.
Raridades, caridades, sós.
Doar, dever, ser, viver, compreender, morrer.
Amar, perdoar, entende-los.
Desinteresses
Irmão, seu
Renda
Olá!
Se...
E...
R.
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Asfixia.

"Suas fotos ainda estão aqui...
Mas as peças desse quebra-cabeças nao encaixam.
As dúvidas continuam, com formatos confusos,
Estranhamente vazios
Aliados a esse silencio enlouquecedor".
O que ficou depois delas nao foi vida
Mas sim uma comum realidade trivial
E a nostalgia do som de um relogio na parede
Em uma sala escura em pleno meio dia
Com o ultraje de um ser humano pensando em si mesmo.
Estou em um processo impossivel de tentar esquece-las
Mas para todo o resto do mundo foi algo tao comum.
Hoje é aniversario das feridas no seus pulsos.
Hoje faz um ano que você espalhou o veneno no ar.
Todos pareciam ter esquecido...
Mas pra mim seu rosto está em toda parte!
E nenhuma outra noite será tão marcante...
Nenhuma chuva tão fria...
Quanto a noite do seu fim suicida.
E eu nunca conseguirei a resposta
"O que importa é que eu a amo"
...Mas vc nao ouviu meu chamado!
...Mas vc nao ouve meus gritos!
E continua sozinha...
Trancada nesse quarto escuro
Onde nós nunca encontraremos
As peças certas para colocarmos juntas.
Memórias, Lembranças e Nostalgia.

É tão denso, congelado, desfocado...
Nesse universo particular o protagonista se encontra só
Não há nada alem de pensamentos, memórias, lembranças e nostalgia.
Ele se refugia no passado que ainda resta preso no cranio.
Não sabe o porque, nao sabe como... apenas sente...
"Então isso é ser humano..."
O coração pulsa com melancolia, o ar no pulmão parece mais frio
Contrastando com seus pensamentos, cheio de calor humano e afeto
Onde o coraçao bate por amor, e o ar vem com seu perfume favorito.
Memórias, lembranças e nostalgia, self.
Ele olha seus presentes, mais que simples matéria.
Apenas os observa... não ri, não chora...
Paralisado, hipnotizado, nostálgico.
Vendo o passado que ainda resta preso em uma caixa.
Não sabe o porque, nao sabe como... apenas observa...
"Vai passar... eu sei que vai..."
Deita e abraça seu presente preferido
Sua melhor lembrança, ainda com o seu perfume favorito
As pessoas estão sorrindo, o clima agradável
Ele sente algo que há tempos não sentia...
Vida.
Ouve as vozes e a voz, ve os rostos e o rosto
Sente o beijo, abraça-a forte.
Ele se refugia nos braços dela onde há o mais puro sentimento.
Não sabe porque, nao sabe como... Apenas sente
"O que fazes pra eu me sentir tão bem?"
Acorda. Era tudo um sonho...
Agora não há mais ninguem alem dele
Ainda sozinho nesse universo particular
Denso, congelado e desfocado...
Ele mais uma vez fecha os olhos
"Vai passar... Sempre passa"
Abraça suas memórias, lembranças e a nostalgia
E dorme. Sonhar é mais confortável.
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